Em memória do grande urso.
Silenciosa como pluma que flutua em brisa ...
E mergulho em lembranças
E vejo o sorriso de seus olhos a cada encontro....
Seu perfume de banho tomado ...a pele macia e alva...
Tantas promessas ... caem-se as muralhas dos segredos entre nós
E vivemos um amor sonhado
Tomamos por tudo o que acreditamos
Seus, meus, nossos sonhos...
Eu agora choro por você
Mas não choro sozinha
As nuvens choram a ausência de seu sorriso.
Tanta coisa ficou para trás
E o vento sopra outras direções...
Sonhos que se renovam em outras vidas.
Mas as lembranças daquele menino
Que chamava por seu amor que partia num barco a zarpar
Esse não era sonho... era a lembrança de uma vida não nascida.
E no silêncio de minha alma
E no silêncio de minha alma
Eu choro por você
Mas não choro sozinha
Pois nesses encontros de indas e vindas
As nuvens também choram a ausência de seu sorriso.
Por Cláudia Carneiro (13/10/2014)
CONFESSOS AO CÉU
O som de seu riso grita em minha mente
Sinto seu hálito ao meu ouvido ...
Me envolve em seus braços, me silencia a alma, onde perco a razão
Como flor que desperta quando acariciada pelo vento
Meu corpo se aquece banhado no desejo dessa louca paixão
Onde descubro quem sou ... Amar fazendo amor
Um dia após o outro
E nossos segredos ao chão ... e assim...
Seduzidos pelo destino, entre risos e lágrimas
Seduzidos pelo destino, entre risos e lágrimas
Confessos ao céu
O calor dos teus olhos me queimam rutilantes
As luzes da cidade me trazem à realidade"
(Por Cláudia Carneiro - 03/09/2014 )
Saudade de Amar
A tristeza intrínseca no ar, só percebe quem sabe olhar
E se sorrio em gargalhadas é para disfarçar o vazio do seu lugar
Dias e noites num longo caminho
Onde todos dizem ... devo voltar
Mas voltar para onde
Se em teu lugar outro não soube estar
Passos perdidos na noite vazia
Um corpo que dança uma dança insana
Sem alma e sem gana
Corpo solto deixando o espírito levar
Assim sinto o sopro do que seria mina alma rutilar
E no silencio ouço a música dos ventos
Vozes a murmurar
E uma certeza única a machucar
A de que você não pode voltar
Do que vale essa verdade
Se a alma ainda perdida está
Lhe peço socorro venha me buscar
E desse martírio me livrar
Pois na vida nada justifica
A medicina não há de ajudar
A compreender o peito apertado
E a tristeza que não se justifica ... somente está
Na saudade de amar...
E assim são os dias
Vazios sem ter um lugar
Sinto seu hálito na noite
Minha face vem tocar
A saudade dói apertada
Do seu lado queria estar."
(Cláudia C. 23/07/13)
Uma história sonhada, com data marcada...
Um conto de busca, lágrimas e sorrisos...
Um conto de desencontros até seu encontro...
E que a cada dia nesta crença ... que só quem acredita compreende
Um amor para se recordar a cada manhã de um novo dia
E que a cada dia se fortalece mais e mais, ainda que na eternidade...
Não existe por simples acaso ... Mas sim predestinados...
Eterno...

mas na verdade, não acabou, permanece...
Apenas você,involuntariamente, se afastou,
sem querer, sem entender, sem me esquecer.
Não há como apagar um amor assim,
retirar com as raízes o que se aprofundou,
Intenso, eterno, verdadeiro...Contaminou.
Não há como sufocar lembranças assim
que de tão vivas passeiam em mim...
Riem, bailam, falam de nós dois...
Relembram a todo instante que não existe fim...
O que nos une exala-se nos ares,
entoa as canções que embalam outros casais,
vibra e agita os sentidos
que nos fazem perceber
que o que nos encanta e nos une vai muito além da vida
e que a morte é apenas uma vírgula no caminho a percorrer.
(Cláudia Carneiro)
(Em memória de Edson Roberto Teodoro, 29.08.1977 a 21.02.2011)
A Dor do Silêncio

E o tempo ruiu num grito de silêncio
Seu olhar opaco já não reluz mais seus desejos
Seu desejo morto, incondicional já não move mais seus sonhos
E o tempo ruiu pesado o corpo no desalento
Sua ausência ainda grita alto o vazio da minha alma
Que chora a angustia de quem busca nas multidões a sensação da vida que se afastou
Gritos perdidos, eco vazio...
Voz sumida entre murmurinhos que sussurram as vaidades sem sentido.
O tempo raja pela vida
Mas a vida se escoa sem rédeas
Numa seqüência de dias intermináveis que só quem fica sabe explicar
Falsas alegrias, palavras soltas vazias
Desejos superficiais que não se cumprem na agonia
Dos falsos prazeres verbais...
Os dias passam
E o tempo frágil perante suas tentativas inusitadas
De cumprir com o protocolo
Preposto inexplicado e sombrio
Num grito silencioso de perda e agonia.
(Cláudia Carneiro - junho 2011)
AOS QUE PARTIRAM...
É possível que nenhum sofrimento na Terra seja comparável ao daquele coração que se debruça sobre outro coração gelado e querido que o ataúde transporta para o grande silêncio. Ver a névoa da morte estampar-se, inevitável, na fisionomia daqueles que mais amamos, e cerrar-lhes os olhos no adeus indescritível, é como despedaçar a própria alma e prosseguir vivendo.Digam aqueles que já apertaram contra o peito o corpo inerte de um ser amado, consumidos pela dor e pela angústia da separação.
Falem aqueles que, varados de saudade, inclinaram-se, esmagados de solidão, à frente de um túmulo, perguntando em vão pela presença dos que partiram.
Todavia, quando semelhante provação te bater à porta, reprime o desespero e dilui a corrente de mágoa, na fonte viva da oração, porque os chamados mortos são apenas ausentes e as gotas de teu pranto amargo e revoltado lhes fustigam a alma.
Também eles pensam e lutam, sentem e choram. Atravessaram a faixa do sepulcro como quem se desvencilha da noite, mas, na madrugada do novo dia, inquietam-se pelos que ficaram. Ouvem-lhes as lamúrias e as súplicas e sofrem cada vez que os afetos deste plano da vida se rendem à inconformação ou ao desânimo. Lamentam-se pelos erros praticados e trabalham, com afinco, na regeneração que lhes diz respeito. Estimulam-te à prática do bem, compartilhando contigo de dores e de alegrias. Rejubilam-se com tuas vitórias e consolam-te nas horas amargas, para que não te percas no frio do desencanto.
Tranquiliza, desse modo, aqueles que te antecederam no regresso à pátria espiritual, suportando corajosamente a despedida temporária, e honra-lhes a memória, abraçando com nobreza os deveres que te legaram.
Recorda que, em futuro mais próximo que imaginas, respirarás entre eles, dividindo outra vez necessidades e problemas, porque terminarás tu também a própria viagem no mar das provas redentoras. Não obstante a morte imponha amargura e dor, frustração e lágrimas naqueles que ficam, vale a pena que permaneças vigilante, a fim de evitar excessos que te impeçam de pensar com clareza.
A morte não é o fim absoluto da querida convivência dos que se prezam, dos que se amam.
Cultiva, então, o bom senso... Sofre e chora, sem que o teu sofrimento perturbe os outros, sem que tuas lágrimas tragam desequilíbrio para tua intimidade... Retira o bom aproveitamento do padecer, amadurecendo, superando-te, para que as tuas provações ou expiações humanas, de fato, façam-te avançar para Deus.
Chora teus mortos?
Então faze desse pranto um aceno de ternura e um bilhete de paz, onde tu digas aos amores desencarnados:

Permitiu Deus que te libertasses antes de mim, e eu disso queixo-me por egoísmo, porque preferiria ver-te ainda sujeito às penas e sofrimentos da vida. Espero, pois, resignado, o momento de nos reunirmos de novo no mundo mais venturoso no qual me precedeste e me aguarda... Até breve e que Deus te abençoe, esposo querido!
(Redação pelo Espírito Camilo, psicografia de J. Raul Teixeira, ed. Fráter e no cap. Ante os que partiram, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb.)
Aos que passam pela nossa vida...
"Aos Que Passam Pela Nossa Vida
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho...
Porque cada pessoa é única para nós,
e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,
mas não vai só...
Levam um pouco de nós mesmos
e nos deixam um pouco de si mesmos.
Há os que levam muito,
mas não há os que não levam nada.
Há os que deixam muito,
mas não há os que não deixam nada.
Esta é a mais bela realidade da vida...
A prova tremenda de que cada um é importante
e que ninguém se aproxima do outro por acaso..."
Antoine de Saint-Exupéry
Escritor e aviador, francês
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho...
Porque cada pessoa é única para nós,
e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida passa sozinho,
mas não vai só...
Levam um pouco de nós mesmos
e nos deixam um pouco de si mesmos.
Há os que levam muito,
mas não há os que não levam nada.
Há os que deixam muito,
mas não há os que não deixam nada.
Esta é a mais bela realidade da vida...
A prova tremenda de que cada um é importante
e que ninguém se aproxima do outro por acaso..."
Antoine de Saint-Exupéry
Escritor e aviador, francês
Agonia

Sedenta de beijos
Ouvir a tua voz sonora e rouca de desejos ...
Quero sentir o teu corpo tenso
Me enlaçando com braços e mãos fortes ... Me prendendo o desejo
Os teus lábios trêmulos sufocados
Murmurando ...
Entre gemidos me enlouquecendo
Sem disfarçar a excitação
Num beijo louco que machuca a boca
Deixa marcas na pele ...
Os sentidos extasiados ...
Na volúpia a audácia de ser único!
A respiração curta no hálito quente
O corpo mole ... languido sobre o lençol
Não me perguntou se eu queria
Nem precisaria...
Em resumo ... Letárgica agonia!
(Cláudia Carneiro)
Flagra-me noite adentro
teus lábios entre abertos
na busca de um beijo
sonho que me desperta...
Teu corpo nu contra o meu
provocando desejos...
Um lobo no cio arrebatando sem pejo...
Flagra-me noite adentro
o seio túmido em arrepios
gazela rendida no abate felino
E dilacerada no leito
o olhar rutilando desejos
no emaranhado insano nosso maior segredo
Flagra-me derrepente
meu corpo nu ao espelho
abraçando ao vazio sem jeito
tua ausência...num travesseiro macio.
(por, Cláudia Carneiro)
Esse Homem
Eu quero esse homem que se permite ser menino
Que sabe sorrir, mas que se permita chorar
Eu quero esse homem forte que me defenda do mundo,
mas que também tenha fraquezas, que mostre seus medos.
Eu quero esse homem que seja o reflexo dos meus sonhos e eu os sonhos dos seus desejos.
Quero esse homem que me ame e que se deixe amar.
Que goste do silêncio, mas que saiba gritar.
Que descubra minhas fantasias e que se deixe desvendar.
Eu quero esse homem humilde no dia a dia mas arrogante e confiante ao me amar.
Por derradeiro eu quero esse homem que é você
E que a cada dia me fascina ao me reconquistar...
.... "O amor é um exercício de reconquistas diárias... que deve ser alimentado e regado com todos os temperos da vida"
.... "O amor é um exercício de reconquistas diárias... que deve ser alimentado e regado com todos os temperos da vida"
Lhe dou meu colo forte e nú
Para que faça dele seu porto seguro
E meu corpo se fará mar
Onde seus desejos afogarei...
Conta-me seus sonhos
E deles farei meu vento
E quando suas aflições vierem em vendaval
Navegarei por teu mar
Nas tormentas do cotidiano
Em meu ventre lhe darei abrigo
E nas ondas da marés revoltas
Navegaremos na paixão de nós dois
Agora fala-me de teus sentimentos
Pois deles farei meu mundo
E nesta viajem sem fim
Farei de ti minha vida.
(Por Edson Roberto Teodoro - março de 2010)
LOUCA POESIA
Um sentimento louco,
Letárgico em agonia
Me fez do nada pensar em voce.
Teu sorriso – pura harmonia
Que de alegria
Minha’lma contagia,
Tua voz rouca e mansa
Cálida energia,
Tuas mãos quentes e úmidas
Na timidez, me ousa tocar com sutíl ousadia.
Será que tu me queres?
Na realidade eu nunca saberia
Pois tuas palavras ardentes, latentes
Rainha me faz, perdida em teus braços
Como uma simples criança
Ou entre nossas paredes...
Uma louca poesia.
(Cláudia Carneiro)
Você
Em cada por quê uma resposta, Em cada resposta VOCÊ
Em cada noite um sonho, Em cada sonho um desejo
Em cada desejo uma saudade , Em cada saudade VOCÊ
Em cada mês uma semana, Em cada semana um dia
Em cada dia uma lembrança, Em cada lembrança VOCÊ
Em cada pessoa um amigo, Em cada amigo uma conversa
Em cada conversa um assunto, Em cada assunto VOCÊ
Em duas bocas um beijo, Em cada beijo um sentimento
Em cada sentimento um amor, Em cada amor VOCÊ Em cada boca uma palavra, Em cada palavra uma certeza
E nessa certeza a única certeza é que amo... VOCÊ!
Serpenteia e Volteia
Em notas graves regorgeia
Despertando a cobiça por onde passa
Olhares vorazes, frases mal feitas
Arrebatando no peito a dor e a delícia de ser o que é.Desfila com alma de Deus
Enfumaçando pela labareda da cobiça
O rumor de um animal louco
Cheirando a mato ... Provocando os desejos mais profanos
De Possuir-te Simplesmente
De uma forma irracional
Arrasta-me o corpo úmido
Invadindo o pasma original
Irradiando a fúria incontida
Que urge aos ventos a imensidão de ser louco,
E esse desejo enlouquece
Pois não finda no fim do dia
Cresce e se alastra dentro d’alma
Despertando no coração arteiro
O desejo encoberto
Arquivado e gravado em espaços obscuros do ser
Serpenteia e Volteia
Em notas graves regorgeia
(Cláudia Carneiro)
Gosto de Bom Dia
O dia amanheceu silencioso
Saudoso da noite que se passou.
Dançava alegre em minha face
Ruborizada ainda pelas carícias tua...
Tua barba por fazer ... os lábios úmidos
... sinto quente o ar próximo ao rosto meu ...
Se aninhando como gato manhoso em minha boca
Ronronando aos meus ouvidos a música de nossa essência...
Doce rotina que vicia e inebria
Doce é nossa vida ... acordar assim todos as manhãs
Com um gostoso gosto de bom dia...
(Por Cláudia Carneiro - 2009)

lindas suas poesias voce escreve muito bem
ResponderExcluirdemonstra muita paixão e intensidade a sua poesia vem da sua alma. parabéns
ResponderExcluirLuiz G.