segunda-feira, 13 de junho de 2011

Tempo Frágil

E o tempo ruiu num grito de silêncio
Seu olhar opaco já não reluz mais seus desejos
Seu desejo morto, incondicional já não move mais seus sonhos
E o tempo ruiu pesado o corpo no desalento
Sua ausência ainda grita alto o vazio da minha alma
Que chora a angustia de quem busca nas multidões a sensação da vida que se afastou
Gritos perdidos, eco vazio...
Voz perdida entre murmurinhos que sussurram as vaidades sem sentido.
O tempo raja pela vida
Mas a vida se escoa sem rédeas
Numa seqüência de dias intermináveis que só quem fica sabe explicar
Falsas alegrias, palavras soltas vazias
Desejos superficiais que não se cumprem na agonia
Dos falsos prazeres verbais...
Os dias passam
E o tempo frágil perante suas tentativas inusitadas
De cumprir com o protocolo
Preposto inexplicado e sombrio
Num grito silencioso de perda e agonia.
                  (Cláudia Carneiro - junho 2011)

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